
O major Valentim Loureiro é de facto uma das nossas mais controversas personalidades, mas eu prefiro olhar para ele apenas como um cidadão honrado, empenhado em dinamizar a atividade judicial do seu país.
Com a capacidade empreendedora que lhe é unanimemente reconhecida é fácil de adivinhar que o tribunal da comarca de Gondomar não esteja à altura das expectativas e exigências por ele criadas.
Um bom exemplo disso mesmo é um banal caso de 6.2 milhões de euros que envolve o major, mas que se arrasta há dez anos nos tribunais. Faltando ainda subir o respetivo recurso para o Supremo. Mas o mal não acaba aqui.
E o que dizer dos cerca de quatrocentos casos que envolvem a autarquia de Gondomar e que se encontram pendentes em tribunal? Nunca é de mais lembrar que grande parte deles se devem ao mérito e empenho pessoal do anterior autarca.
Por tudo isso, a obra deste inspirador autarca não pode ficar por aí esquecida nas prateleiras dos tribunais. Para resolver esta situação proponho desde já à nossa ministra da Justiça uma pequena alteração do novo mapa judicial.
Tal alteração consiste apenas na criação de uma comarca piloto que batizei de Comarca do “Far West”, atendendo à posição geográfica de Gondomar. E como não podia deixar de ser os objetivos à partida são ambiciosos: conseguir julgar um caso por ano. Assim, rapidamente, ao fim de quatrocentos anos, todos os processos estarão despachados!
É importante todos termos presente que quando se trata de fazer justiça vale tudo, mesmo tirar olhos.
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